9 de fevereiro de 2011

Insight e outras intelecções

Ontem vi umas das várias palestras de lançamentos de livros da Editora É Realizações. Não sei se outras editoras fazem algo parecido, mas aí uma boa dica para passar horas a fio se deleitando (para quem gosta, óbvio) com belos apanhados dos assuntos contidos nos livros lançados. Uma delas é a do livro "Bernard Lonergan - Uma filosofia para o século XXI", do Mendo Castro Henriques. Nessa o português Mendo fala um pouco sobre a obra-prima do Lonergan chamada "Insight", e que, segundo ele, foi traduzida no texto do livro (o título permanece, pois no Brasil usamos o anglicismo) como "intelecção". Nada muito a ver com "wit", mas vale como uma side note para o termo "insight" mencionado no comentário anterior (que aparece em uma das definições do termo "wit").

7 de fevereiro de 2011

More attempts to define wit (from some dictionaires)

No Macmillian, a primeira definição (e estou mais interessado no substantivo, não tanto no adjetivo nem nas expressões idiomáticas, muito menos no verbo) de "wit" é a habilidade de usar palavras de um modo inteligente para fazer com que as pessoas riam. Não acho que seja só esse o objetivo. Na verdade, vejo que o uso de "wit" tenha vários objetivos, e também podemos rir por vários motivos.

O Merriam-Webster, definição 3.b, diz que é uma habilidade de relacionar coisas aparentemente disparatadas com o intuito de iluminar (iluminar o espírito, como um "insight") ou divertir. Essa é uma boa definição ao meu ver. Ajuntar o que a princípio parece contraditório é certamente uma característica do "wit". Bom também ampliar os objetivos: divertir ao invés de rir apenas, proporcionar um insight (como no exemplo de Ariosto abaixo).

O Oxford já fala (def. 2) de uma atitude natural em usar palavras e idéias de um modo rápido e inventivo para criar humor. O foco muda um pouco com essa história de "atitude natural"; será que não se pode aprender essa coisa? Ou a forma de expressá-la tem que ser natural ao invés de muito pensada? Há que se ver dessa rapidez. Se em entrevistas, o "wit" é entregue fresquinho, ali na hora, revelando toda a rapidez de raciocínio, ou, em diálogos de peças, o tempo ("timing") dos personagens é também importante, não se pode esquecer: (1) do tempo de lapidação daquele "wit"; será que Shakespeare (e Wilde, etc) não pensou bastante para criar aqueles diálogos? (2) mesmo entrevistados rápidos no gatilho não demandaram tempo de treinamento suficiente para chegar naquele estágio? Novamente o "wit" não visa apenas o humor; é mais abrangente.

Finalmente o Cambridge (para ficar apenas nesses por enquanto), não adiciona ao que já foi falado, definindo o "wit" como a habilidade de utilizar palavras de um modo inteligente e humorado.

Queria poder ver uma pequena história de uso da palavra, mas não encontrei facilmente nesses dicionários (ao menos essa versão reduzida deles na web). Por enquanto basta como definições gerais.