7 de dezembro de 2007

Pop does not rock anymore

Uma das grandes mudanças foi essa: não gostar mais de rock/pop como antes. Durante quatro longos anos fui a apenas dois concertos: o último dos SP (ainda em 2000) e a estréia da tournée do Morcheeba (no So'ton Civic Guildhall). OK, fiquei com vontade de ir ao Bluetones, e também a um concerto do Morrissey em um pub, mas vontade não vale. Depois ainda ouvi (no aconchego do lar) bandas como Apples in Stereo, Wilco, e outras que nem lembro mais os nomes.

As letras sempre importaram (para mim ao menos). Aqueles "roqueiros" já não me falavam mais. Não morri antes de ficar velho, como queriam Pete Townshend e Roger Daltrey. Não que eu ainda não cante ao violão coisas como "Half a man" ou até "Wonderwall". A minha "formação" (haja aspas aí), e da imensa maioria, foi feita a base desses ingredientes. Não é fácil sair dessa bad trip.

Eu passei poucos mas prazerosos momentos da minha vida futucando discos no subsolo da HMV. Ou seja, eu tentei me livrar. Nada que eu possa me orgulhar, entretanto. Se há coisas boas no pop? Deve haver. Mas tudo que esteja próximo do imediatismo. Imediatas, com certa pressa, sem se atentar aos detalhes (mas tem o Queen, né? Como explicar?). O J S Bach fazia música toda semana para tocar na igreja no Domingo.

Amy Winehouse, Corinne Bailey deixam-me contente. Eu não tenho jeito. E olha que já larguei de vícios piores como novelas e desenhos animados. E revistinhas em quadrinhos. Nunca tive medo de perder o convívio social por isso. Aos 50 anos devo esperar o embate final.